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REFLEXÕES

Desde criança, sempre fui apaixonado por livros. A sensação de folhear as páginas, mergulhar em aventuras e conhecer novos personagens sempre me encantou.

A geração de 50, O pião, Os bilas e os "abafadores", As caricas, Os bonecos da bola, As cadernetas de cromos, o Cavaleiro Andante, as Selecções do Reader's Digest, a Lassie e o Rin-Tin-Tin

Quando era jovem fascinava-me os colecionadores, que magia era aquela que os impulsionava a adquirir, guardar objetos de uma só qualidade, de um só tipo e olhava os selos de muitas proveniências, as pagelas católicas de todos os santinhos, mais tarde os presépios de todo o mundo elaborados ou artesanais, ah, os Santo António de todas as cores e...

Como é que eu, que ando há anos na senda do destralhanço, vou agora falar de colecionismo? Porque colecionar e acumular são duas coisas bem diferentes.

Umas algas, algo duras, transformam um deserto branco em deserto negro e perpetuam, a memória de um antigo mar, a ocidente do Nilo.

E já passaram três anos??? Confesso que mesmo na minha imaginação, quando começámos o projeto Transições, nunca pensei que pudéssemos chegar onde chegámos.

Viver até quando? Ora, até ao fim! E o que é o fim? É quando o Eros nos abandona. Quando a dinâmica da vida se esfuma. Quando passam por nós e não nos veem. Quando já não interessamos a ninguém, a não ser ao Menino Jesus.

Numa procura de significado para a palavra intergeracionalidade, a fim de poder refletir melhor sobre o conceito, o que encontrei no dicionário é que se trata do que é "relativo às relações entre gerações", ou seja, o que é intergeracional ocorre entre pessoas nascidas em épocas diferentes, entre pessoas de diferentes gerações. Ao aprofundar o...

A celebração do Natal está cada vez mais centrada no Pai Natal, nas decorações natalícias que agradam aos olhos, nas múltiplas prendas e gastos supérfluos, que nos escoam o subsídio e beliscam as poupanças. O que devia ser a celebração do nascimento de Jesus, do convívio e partilha entre familiares e um hino ao amor e à união entre os...

A estação do outono inspira uma ligação mais profunda com a natureza e uma maior sensibilidade para a passagem do tempo e a efemeridade da vida. É uma estação que incita à autorreflexão, tornando-a "a estação da alma" como refere Friedrich Nietzsche.

Recordo-me que o Maestro António Vitorino de Almeida disse num dos seus programas (A Música e o Silêncio, salvo erro), que a música portuguesa é predominantemente "a descer", facto que demonstrou ao piano com meia dúzia de acordes de músicas conhecidas.