CRÓNICAS

Todos os artigos publicados representam a opinião pessoal dos seus autores, enquadrada nos valores da Transições, ainda que de forma não vinculativa e são da inteira responsabilidade dos mesmos.

A viagem

01-11-2023

Encontrar um povo e pulsarmos em afetos e sentimentos é um acontecimento extraordinário. Há um sentimento que nos faz maiores, o da pertença. Murmuramos ao vento: eu sou do mundo, quando os nossos pés se firmam no caminho inexplorado e sentimo-nos parte daquele viver.

Em nome da Rosa escrevo por gostar de contos cor de rosa. A rosa flor é um ser de suporte agreste e transcendente de beleza. Dir-se-á que o que é belo tem que se proteger: a rosa protege-se, mas não o suficiente. Está visto que nada se protege o suficiente. A cadeia de seres que suplantam outros seres é contínua. Entre espécies e na espécie....

Desta vez sugeri eu o tema … A reforma. - Avó não sei o que é isso. - Mas nunca ouviste falar em reforma?

Se houve coisa boa na vida de jornalista, foi a oportunidade de ter conhecido gente muito interessante. No início da década de oitenta do século passado, mais precisamente em Dezembro de 1982 acompanhei enquanto jornalista da televisão (na altura só havia uma) uma viagem oficial a Washington, de Pinto Balsemão como primeiro ministro de Portugal....

Ricos hábitos

11-05-2023

Há práticas, serviços e coisas de que gostamos, às quais somos fiéis e que não trocamos por nada. Coisas de que nos habituámos a usufruir e a valorizar ao longo da nossa vida e que partilhamos, apenas, com os nossos melhores amigos. Coisas e lugares dos quais temos saudades quando não os visitamos regularmente ou quando, simplesmente, desaparecem.

Esperança

09-03-2023

Passeando ao sol, bem acompanhada de amiga de uma vida (pois é, conhecemo-nos em 1978, 44 anos é um pouco menos de dois terços do que já vivi) e de Miss Davidson, uma genuína representante do nosso melhor amigo, envolvida por afetos e pela brisa, fui apreciando as dunas e algumas das esplanadas que confrontam o mar e, do lado...

Na passagem da vida há sempre aquele que mesmo sem se saber... é o último Natal.

Adoram contorcer-se e bicarem-se. Não falam, e aparentemente não se relacionam comigo. Mas fielmente, de manhã, esperam-me, e esperneiam quando me atraso, e não vocalizando, mostram bem a sua ansiedade e urgência esbugalhando ainda mais os olhos e fazendo boquinhas.