Desafio "Relatos de Viagens 2024"

Pretendemos desafiar os nossos viajantes a escolher uma experiência, ou um local de uma viagem realizada em 2024, ou em anos anteriores, e que através da partilha de uma única imagem (uma fotografia, uma composição de fotografias, uma pintura ou um desenho), escrevam um texto sobre esse momento. Todo o conteúdo, imagem e texto, tem de ser da autoria do participante.

Os conteúdos que todos nos enviarem serão depois divulgados no site da Transições numa pasta dedicada exclusivamente aos "Relatos de Viagens - 2024" e posteriormente iremos organizar um evento on-line, onde os autores que assim pretendam, poderão de viva voz comentar aquele momento e justificar a sua escolha.

Depois de escolher uma viagem, há que selecionar aquele momento especial que foi marcante e que se quer partilhar.

Para as viagens que ainda não se concretizaram, pedimos que se lembrem deste desafio e que, no local, registem os melhores momentos e experiências, através da fotografia, do desenho ou da pintura ou de outra forma original.

O texto pode ir de uma simples legenda a um relato mais elaborado que esteja relacionado com a imagem escolhida.

Para finalizar, deverão dar um nome ao vosso "relato de viagem", identificar a data e o local e enviá-los para o e-mail da comunidade (viagens@transicoes.pt), até ao dia 30 de Setembro.

Podem participar no desafio todos os membros da Transições que gostem de viajar e que estejam na disposição de partilhar uma experiência relacionada com uma viagem.


A partilha de algumas das viagens dos nossos membros 
2024

NEW YORK - GROUND ZERO
NEW YORK - GROUND ZERO

NEW YORK - GROUND ZERO

New York é uma metrópole que já não visitava há mais de 20 anos. Fi-lo no passado mês de abril.

E o deslumbre em cada visita que façamos ao NY é o "melting pot" que a cidade é, foi, e será sempre, não só em termos arquitetónicos, mas sobretudo na sua "fauna" humana.

A minha última visita tinha sido antes do 9/11, daí haver alguma curiosidade da minha parte em conhecer no que se transformou o "Ground Zero".

Realmente essa transformação é algo que nos deixa deslumbrados porque os nova iorquinos conseguiram no mesmo espaço construir o maior edifício, e dos mais modernos atualmente em NY, prestar homenagem arquitetonicamente às vitimas do 9/11, e construir um museu que não nos deixa esquecer a atrocidade que foi esse dia 11 de Setembro de 2001.

Uma cidade a visitar sempre que possível.

Jorge Gonçalves Silva
E.U.A. - ABRIL 2024

CRIANÇAS E THANAKA
CRIANÇAS E THANAKA

CRIANÇAS E THANAKA

Gosto de viajar através do olhar das crianças. Sentir a curiosidade delas, fazer-lhe e responder a perguntas.

São sempre tão naturais e revelam tanto dos costumes do país onde vivem.

Estes três garotos têm a particularidade de terem a cara pintada com Thanaka. É um pó branco feito de ervas, uma receita com mais de 2000 anos, usada como produto de beleza e como protetor solar. Refresca e impede as queimaduras do sol.

Em geral, no centro da Birmânia, o Thanaka é muito utilizado pelas mulheres. Ficam assim pintadas muito mais... bonitas e com a pele muito suave.

Graça Raposo

MYANMAR - MARÇO 2019

ANNECY, A VENEZA FRANCESA
ANNECY, A VENEZA FRANCESA

ANNECY, A VENEZA FRANCESA

Annecy é chamada a pequena Veneza dos Alpes devido aos seus canais e pontes. Mas a comparação fica por aí.

Annecy é uma cidade pequena e charmosa. Dois dias daria para visitar mas nós ficámos sete e não nos cansámos

Os canais, flores por todo o lado, passeios a pé sem rumo, pelo centro histórico, passeios de barco pelo lago, caminhadas nos parques naturais, subida à montanha, visita a castelos, boa comida, gente simpática… Annecy é o local perfeito para uma escapadinha a dois.

Mas o momento mais alto destas férias foi sem dúvida a volta ao lago em bicicleta que fizemos no dia do meu 64º aniversário.

Foram 44 km de um passeio muito agradável.

Graças à invenção das bicicletas elétricas o passeio foi muito fácil mesmo para seniores (ele) ou quase seniores (eu).

O lago é o centro de Annecy onde tudo acontece.

O percurso à volta do lago é lindíssimo e animado.

Centenas de bicicletas, umas de corrida, outras normais, trotinetes, skates, patins e até uns skis com rodas, para quem está a treinar para o inverno. Também algumas pessoas a pé a fazer a sua caminhada.

Gente de todas as idades, pais e mães que transportam, em atrelados à frente ou atrás da sua bicicleta, bebés, crianças ou cães, muitas crianças na sua própria bicicleta.

Vamos muito ao longo do lago onde um pouco por todo o lado as pessoas se banham nestas praias de improviso mas também atravessamos campos verdejantes.

Jantar num restaurante à beira do lago foi a cereja no topo do bolo .

Hélia Jorge

FRANÇA - AGOSTO 2014

COSTA AMALFITANA - O REI LIMÃO
COSTA AMALFITANA - O REI LIMÃO

COSTA AMALFITANA - O REI LIMÃO

Na Costa Amalfitana o limão, aqui retratado (em Capri ), representa o quanto esta maravilha da natureza é apreciada.

Aqui está ele a ser suportado pelo Hércules local!

Desde a limonada ao limoncello, em todo o lugar somos confrontados com o rei, o Limão.

José Vargas
ITÁLIA - JUNHO 2024 

GLACIAR PERITO MORENO
GLACIAR PERITO MORENO
P.N. TORRES DEL PAINE
P.N. TORRES DEL PAINE

GLACIAR PERITO MORENO E P.N. TORRES DEL PAINE

Fotos que ilustram os dos dois locais, para mim mais marcantes, na minha recente viagem às terras do fim do mundo.

Glaciar Perito Moreno, situado no Parque Nacional dos Glaciares, na Patagónia, nasce nos Andes Chilenos e termina no Lago Argentino.

Tem uma área aproximada de 250 km2, uma frente para o Lago Argentino de cerca de 5 km com a altura de 160 m, sendo de 50m – 70m acima da superfície do Lago.

É impressionante observar este Belo monstro que está em permanente deslocação, cerca de 700 m/ano e que ao chegar ao Lago a sua parte inferior começa a descongelar, daí podermos ver frequentemente pequenas derrocadas da frente do Glaciar. Com a periodicidade de 2-4 anos, verificam-se grandes derrocadas que mantêm a área do Glaciar, uma vez que o crescimento é limitado pelo lago.

O Parque Natural Torres Del Paine, no Chile, tem ao fundo as montanhas dos Andes e em primeiro plano um dos muitos lagos formados por água vinda das montanhas e resultante do degelo.

A cor da água, que varia com a intensidade do vento e, consequentemente, com a agitação da água, é resultado dos sedimentos arrastados das montanhas e que podem estar depositados no fundo, ou em suspensão, quando a água é agitada pelo forte vento, o que é muito frequente. O vento vem do Pacífico, vence as montanhas e acelera na descida para Leste, através dos vales e, naturalmente, através dos lagos.

Estes lagos, em geral, não são favoráveis a criação de peixe, devido aos sedimentos em suspensão na água.

Aurélio Machado
ARGENTINA E CHILE - JANEIRO 2024 

A AVENIDA DOS VULCÕES
A AVENIDA DOS VULCÕES

A AVENIDA DOS VULCÕES

A Avenida dos Vulcões é um corredor natural com uma extensão de cerca de 350 km, por onde passa a mítica estrada Panamericana e rodeada por várias dezenas de espetaculares estruturas vulcânicas, algumas já extintas, outras inativas mas muitas delas ainda ativas e com diversas erupções nos últimos séculos.

Nesta fotografia, tirada durante a subida ao vulcão Pichincha com 4.784 m, pode ver-se, no fundo do vale, a cidade de Quito, a capital do Equador, declarada pela Unesco, em 1978, Património Cultural da Humanidade. Esta fantástica cidade, fundada pelos espanhóis em 1534, que se situa a uma altitude de 2.850 m, mantém ainda hoje um riquíssimo património arquitetónico e cultural, sendo reconhecida como a cidade com o centro histórico mas bem preservado e menos alterado da América Latina, de onde se destacam a Basílica do Voto Nacional, o Convento de São Francisco, a Igreja da Companhia de Jesus, a Praça da Independência e a Virgem del Panecillo, considerada a estátua mais alta do mundo, com 41 metros de altura, junto à qual se situa o Miradouro com o mesmo nome e de onde nos podemos deliciar com a panorâmica sobre a bela cidade de Quito.

Do outro lado do vale vê-se também muito perto da capital do Equador, o Pasochoa um vulcão muito antigo já extinto com 4.199 m e que tínhamos subido na véspera, como primeira etapa do processo de aclimatização à altitude. Por trás dele surge o imponente Cotopaxi, com os seus 5.897 m e a inconfundível forma de um cone perfeito, que lhe deu a alcunha de "Cuelo de Luna", o pescoço da Lua. Apesar deste nome aparentemente inofensivo, o Cotopaxi é o vulcão ativo mais alto do mundo, com mais de 50 erupções nos últimos 3 séculos, tendo tido a última grande erupção em 1904, mas mantendo sempre alguma atividade, o que nos impediu de o incluir no nosso programa de Trekking na Avenida dos Vulcões.

Não fomos ao Cotopaxi, mas nesta grandiosa Avenida ainda subimos ao Cayembe, 5.790 m e ao Iliniza Norte 5.126 m. Para o fim tínhamos deixado o Chimborazo, o maior vulcão do Equador com 6.263 m. Este gigante, para além de toda a sua beleza, tem a curiosidade de ser considerado como o ponto do nosso planeta mais longe do centro da terra e por isso mais perto do sol, destronando nesse aspeto o Monte Evereste.

Para finalizar este pequeno roteiro sobre o Equador, há que relembrar que este país se chama assim porque é atravessado pela linha do equador pouco quilómetros ao norte do centro de Quito.

Aproveitando o facto do equador cruzar o seu país, os equatorianos desenvolveram um conjunto de atrações à volta de um grande monumento que assinala esta linha imaginária e que neste local está devidamente pintada no chão ao qual deram o nome de "Mitad del Mundo". 

Rodrigo Nascimento
EQUADOR - JULHO 2017