Desafio "Relatos de Viagens 2024"
O tempo passa a correr e já estamos, novamente, à porta do verão e das férias que se avizinham, por isso lançámos a 3ª Edição do Desafio - Relatos de Viagens.
À semelhança dos anos anteriores pedimos a todos os que gostam de viajar que partilhem uma imagem (fotografia, pintura ou desenho) e que escrevam um pequeno texto sobre um local, ou um momento, marcante de uma viagem que já tenham realizado. Este ano decidimos alargar o âmbito desta partilha de forma a poderem incluir também momentos e fotografias de viagens de anos anteriores.
Desafiamos todos os membros da Transições, e da nossa Comunidade de Viagens, a participar no "Desafio - Relatos de Viagens 2024". As vossas partilhas (imagem e texto) deverão ser enviadas para o e-mail viagens@transicoes.pt até 30 de Setembro.
No dia 16 de Outubro, será realizado um evento online, onde os autores que assim pretendam, poderão, de viva voz, comentar aquele momento e justificar a sua escolha. Podem, desde já, inscrever-se nesse evento em https://www.transicoes.pt/reserva-atividades/
Juntos vamos alargar ainda mais o "Mapa de Viagens da Transições".
Pretendemos desafiar os nossos viajantes a escolher uma experiência, ou um local de uma viagem realizada em 2024, ou em anos anteriores, e que através da partilha de uma única imagem (uma fotografia, uma composição de fotografias, uma pintura ou um desenho), escrevam um texto sobre esse momento. Todo o conteúdo, imagem e texto, tem de ser da autoria do participante.
Os conteúdos que todos nos enviarem serão depois divulgados no site da Transições numa pasta dedicada exclusivamente aos "Relatos de Viagens - 2024" e posteriormente iremos organizar um evento on-line, onde os autores que assim pretendam, poderão de viva voz comentar aquele momento e justificar a sua escolha.
Depois de escolher uma viagem, há que selecionar aquele momento especial que foi marcante e que se quer partilhar.
Para as viagens que ainda não se concretizaram, pedimos que se lembrem deste desafio e que, no local, registem os melhores momentos e experiências, através da fotografia, do desenho ou da pintura ou de outra forma original.
O texto pode ir de uma simples legenda a um relato mais elaborado que esteja relacionado com a imagem escolhida.
Para finalizar, deverão dar um nome ao vosso "relato de viagem", identificar a data e o local e enviá-los para o e-mail da comunidade (viagens@transicoes.pt), até ao dia 30 de Setembro.
Podem participar no desafio todos os membros da Transições que gostem de viajar e que estejam na disposição de partilhar uma experiência relacionada com uma viagem.
A partilha de algumas das viagens dos nossos membros
2024
NEW YORK -
GROUND ZERO
New York é uma metrópole que já não visitava há mais de 20 anos. Fi-lo no passado mês de abril.
E o deslumbre em cada visita que façamos ao NY é o "melting pot" que a cidade é, foi, e será sempre, não só em termos arquitetónicos, mas sobretudo na sua "fauna" humana.
A minha última visita tinha sido antes do 9/11, daí haver alguma curiosidade da minha parte em conhecer no que se transformou o "Ground Zero".
Realmente essa transformação é algo que nos deixa deslumbrados porque os nova iorquinos conseguiram no mesmo espaço construir o maior edifício, e dos mais modernos atualmente em NY, prestar homenagem arquitetonicamente às vitimas do 9/11, e construir um museu que não nos deixa esquecer a atrocidade que foi esse dia 11 de Setembro de 2001.
Uma cidade a visitar sempre que possível.
Jorge Gonçalves Silva
E.U.A. - ABRIL 2024
CRIANÇAS E THANAKA
Gosto de viajar através do olhar das crianças. Sentir a curiosidade delas, fazer-lhe e responder a perguntas.
São sempre tão naturais e revelam tanto dos costumes do país onde vivem.
Estes três garotos têm a particularidade de terem a cara pintada com Thanaka. É um pó branco feito de ervas, uma receita com mais de 2000 anos, usada como produto de beleza e como protetor solar. Refresca e impede as queimaduras do sol.
Em geral, no centro da Birmânia, o Thanaka é muito utilizado pelas mulheres. Ficam assim pintadas muito mais... bonitas e com a pele muito suave.
Graça Raposo
MYANMAR - MARÇO 2019
ANNECY, A VENEZA FRANCESA
Annecy é chamada a pequena Veneza dos Alpes devido aos seus canais e pontes. Mas a comparação fica por aí.
Annecy é uma cidade pequena e charmosa. Dois dias daria para visitar mas nós ficámos sete e não nos cansámos
Os canais, flores por todo o lado, passeios a pé sem rumo, pelo centro histórico, passeios de barco pelo lago, caminhadas nos parques naturais, subida à montanha, visita a castelos, boa comida, gente simpática… Annecy é o local perfeito para uma escapadinha a dois.
Mas o momento mais alto destas férias foi sem dúvida a volta ao lago em bicicleta que fizemos no dia do meu 64º aniversário.
Foram 44 km de um passeio muito agradável.
Graças à invenção das bicicletas elétricas o passeio foi muito fácil mesmo para seniores (ele) ou quase seniores (eu).
O lago é o centro de Annecy onde tudo acontece.
O percurso à volta do lago é lindíssimo e animado.
Centenas de bicicletas, umas de corrida, outras normais, trotinetes, skates, patins e até uns skis com rodas, para quem está a treinar para o inverno. Também algumas pessoas a pé a fazer a sua caminhada.
Gente de todas as idades, pais e mães que transportam, em atrelados à frente ou atrás da sua bicicleta, bebés, crianças ou cães, muitas crianças na sua própria bicicleta.
Vamos muito ao longo do lago onde um pouco por todo o lado as pessoas se banham nestas praias de improviso mas também atravessamos campos verdejantes.
Jantar num restaurante à beira do lago foi a cereja no topo do bolo .
Hélia Jorge
FRANÇA - AGOSTO 2024
SEYCHELLES - UM PARAÍSO NO ÍNDICO
Mahé, Praslin e La Digue são as 3 ilhas principais dum país descoberto
por Vasco da Gama (os locais sempre me referiam isso quando dizia que era
Português) e onde se passam umas férias de praia e natureza incríveis.
A foto, uma das mais de 1500, e certamente não a melhor, representa a tranquilidade que vivia ao fim do dia na praia do hotel em Mahé. Praias de areia fina, água quente (agora era inverno e só estava a 26 graus) e sombra das Palmeiras e outras árvores.
As ilhas têm praias lindas, muitas com as rochas grandes, que se veem na maioria das fotos, e que fazem um efeito fantástico e fiz um dia de volta à ilha, em cada uma delas. A vegetação, ao longo das estradas, e principalmente nas áreas dos parques florestais, é muito verde e densa e é muito protegida. Cortar uma árvore é crime!
Ainda que todos os locais tenham alguma cultura, é um país para vir descansar e fazer actividades como mergulho, caminhadas nos vários trails, passear de barco e desfrutar das praias.
Se puderem, e gostarem deste tipo de viagem (eu gosto de todos), recomendo.
João Gonçalves
SEYCHELLES - AGOSTO 2024
IRLANDA - A ILHA ESMERALDA
Junto um slide com alguns apontamentos da Irlanda, a Ilha Esmeralda, que tão bem sabe receber e acolher.
Foram 2 semanas em junho, cerca de 3000 km para dar a volta e ver muitos cantinhos desta ilha, que reúne Natureza, História, Cultura e Gente, com os desafios atuais, que se colocam a todos os países.
As imagens que aqui trago são disso exemplos, o natural agreste e a plenitude verde das suas costas, as suas casa coloridas e as marcas vividas nas suas casas, a modernidade conjugada com a ancestralidade dos seus livros e edifícios, a multiplicidade de credos e a sua atualidade. A Guiness de sempre, uma marca de Dublin, assim como o Titatic em Belfast, o Norte e o Sul, e a Calçada de Gigantes.
Gracinda Santos
IRLANDA - JUNHO 2024
ITÁLIA - CINQUE TERRE
Uma viagem às Cinque Terre, que afinal são seis terras, com muito comboio, muito barco, muita escadaria, muitas ruas, vielas e becos, muitos turistas e muito mar.
Os planos mudavam, davam voltas e revoltas, para trás e para a frente, cima e baixo. Queríamos experimentar todos os frutos que o paraíso prometido tinha para colher. Fizemos estes caminhos de dois modos, em pensamentos e planeamentos, e em corpo.
Assim foi: um dia para chegar e partir, dois para passear, três ilhas por dia. Num usaríamos o comboio, noutro apanharíamos um barco, e entre duas terras faríamos pelo menos um trilho a pé.
E nada era como podíamos ter imaginado. Era julho. Um calor interminável, mas também um mar azul sem fim.
"Olha o mar", da janela do comboio, a navegar com todos os outros turistas que parecem sempre mais turistas que nós, azul no meio das casas, no meio dos amarelos, no meio dos rosas, entre os cor de tijolo, entre os verdes, um mar também de cores.
Assim foi.
Dia 1: Saímos pelas 9h de comboio para estarmos em Vernazza cedo e começarmos, pela "fresquinha" a caminhada de 4,5km, metade a subir rochas e escadas, outra metade a descer, desembocando em Monterosso al Mare, por uma última escadaria estreita, suspensa sobre a água cristalina, onde tomámos um ótimo banho para relaxar e, mesmo na água tépida do Mediterrâneo, refrescar. Almoçámos e vimos a vila para depois partir para Corniglia de comboio. Aí a escadaria já não nos enganou, apanhámos um autocarro até ao cimo, para lá passear.
Dia 2: Com um passe diário de barco partimos de La Spezia, onde estávamos alojados, parámos primeiro na terra excluída, Portovenere, com uma vista sobre o mar que inspirou Lord Byron, e em seguida, seguir para Riomaggiore, onde os rochedos e o transparente do mar convidam ao snorkling, e chegar em dez minutos a Manarola, talvez a menos interessante, o que nos fez depois voltar a Riomaggiore, para mais uns banhos no Mediterrâneo, que souberam tão bem, que nos fizeram perder o último barco de volta a La Spezia, pelo que lá fomos, de novo, para o comboio.
O cativante não são apenas as cores de postal e o cristalino no mar, mas a vida que parece brotar e erguer-se destas ruas emersas dos rochedos, estes abismos que cortam a respiração de quem olha o mar, a beleza de chegar a um lugar e vê-lo de frente, como uma colmeia entrelaçada, mas sem conseguir ver o fluxo que lhe circula dentro. E ainda assim, nesta sua singularidade, cada ilha ter em si a essência de Itália guardada: igrejas, portadas, musicalidade, focaccia, recantos, detalhes e santos, arte em cada esquina, gelado, pasta e muito turista aglomerado.
Luisa
Pires
ITÁLIA - JULHO
2024
COSTA AMALFITANA - O REI LIMÃO
Na Costa Amalfitana o limão, aqui retratado (em Capri ), representa o quanto esta maravilha da natureza é apreciada.
Aqui está ele a ser suportado pelo Hércules local!
Desde a limonada ao limoncello, em todo o lugar somos confrontados com o rei, o Limão.
José Vargas
ITÁLIA - JUNHO 2024
GLACIAR PERITO MORENO E P.N. TORRES DEL PAINE
Fotos que ilustram os dos dois locais, para mim mais marcantes, na minha recente viagem às terras do fim do mundo.
Glaciar Perito Moreno, situado no Parque Nacional dos Glaciares, na Patagónia, nasce nos Andes Chilenos e termina no Lago Argentino.
Tem uma área aproximada de 250 km2, uma frente para o Lago Argentino de cerca de 5 km com a altura de 160 m, sendo de 50m – 70m acima da superfície do Lago.
É impressionante observar este Belo monstro que está em permanente deslocação, cerca de 700 m/ano e que ao chegar ao Lago a sua parte inferior começa a descongelar, daí podermos ver frequentemente pequenas derrocadas da frente do Glaciar. Com a periodicidade de 2-4 anos, verificam-se grandes derrocadas que mantêm a área do Glaciar, uma vez que o crescimento é limitado pelo lago.
O Parque Natural Torres Del Paine, no Chile, tem ao fundo as montanhas dos Andes e em primeiro plano um dos muitos lagos formados por água vinda das montanhas e resultante do degelo.
A cor da água, que varia com a intensidade do vento e, consequentemente, com a agitação da água, é resultado dos sedimentos arrastados das montanhas e que podem estar depositados no fundo, ou em suspensão, quando a água é agitada pelo forte vento, o que é muito frequente. O vento vem do Pacífico, vence as montanhas e acelera na descida para Leste, através dos vales e, naturalmente, através dos lagos.
Estes lagos, em geral, não são favoráveis a criação de peixe, devido aos sedimentos em suspensão na água.
Aurélio Machado
ARGENTINA E CHILE - JANEIRO 2024
A AVENIDA DOS VULCÕES
A Avenida dos Vulcões é um corredor natural com uma extensão de cerca de 350 km, por onde passa a mítica estrada Panamericana e rodeada por várias dezenas de espetaculares estruturas vulcânicas, algumas já extintas, outras inativas mas muitas delas ainda ativas e com diversas erupções nos últimos séculos.
Nesta fotografia, tirada durante a subida ao vulcão Pichincha com 4.784 m, pode ver-se, no fundo do vale, a cidade de Quito, a capital do Equador, declarada pela Unesco, em 1978, Património Cultural da Humanidade. Esta fantástica cidade, fundada pelos espanhóis em 1534, que se situa a uma altitude de 2.850 m, mantém ainda hoje um riquíssimo património arquitetónico e cultural, sendo reconhecida como a cidade com o centro histórico mas bem preservado e menos alterado da América Latina, de onde se destacam a Basílica do Voto Nacional, o Convento de São Francisco, a Igreja da Companhia de Jesus, a Praça da Independência e a Virgem del Panecillo, considerada a estátua mais alta do mundo, com 41 metros de altura, junto à qual se situa o Miradouro com o mesmo nome e de onde nos podemos deliciar com a panorâmica sobre a bela cidade de Quito.
Do outro lado do vale vê-se também muito perto da capital do Equador, o Pasochoa um vulcão muito antigo já extinto com 4.199 m e que tínhamos subido na véspera, como primeira etapa do processo de aclimatização à altitude. Por trás dele surge o imponente Cotopaxi, com os seus 5.897 m e a inconfundível forma de um cone perfeito, que lhe deu a alcunha de "Cuelo de Luna", o pescoço da Lua. Apesar deste nome aparentemente inofensivo, o Cotopaxi é o vulcão ativo mais alto do mundo, com mais de 50 erupções nos últimos 3 séculos, tendo tido a última grande erupção em 1904, mas mantendo sempre alguma atividade, o que nos impediu de o incluir no nosso programa de Trekking na Avenida dos Vulcões.
Não fomos ao Cotopaxi, mas nesta grandiosa Avenida ainda subimos ao Cayembe, 5.790 m e ao Iliniza Norte 5.126 m. Para o fim tínhamos deixado o Chimborazo, o maior vulcão do Equador com 6.263 m. Este gigante, para além de toda a sua beleza, tem a curiosidade de ser considerado como o ponto do nosso planeta mais longe do centro da terra e por isso mais perto do sol, destronando nesse aspeto o Monte Evereste.
Para finalizar este pequeno roteiro sobre o Equador, há que relembrar que este país se chama assim porque é atravessado pela linha do equador pouco quilómetros ao norte do centro de Quito.
Aproveitando o facto do equador cruzar o seu país, os equatorianos desenvolveram um conjunto de atrações à volta de um grande monumento que assinala esta linha imaginária e que neste local está devidamente pintada no chão ao qual deram o nome de "Mitad del Mundo".
Rodrigo Nascimento
EQUADOR - JULHO 2017
SUÉCIA - ESTOCOLMO E GOTEMBURGO
ABBA também é história.
Estocolmo tem 14 ilhas que se entrelaçam por 50 pontes e em transporte público de excelente qualidade.
Um dia, durante o passeio, ao voltar da visita ao Museu do ABBA, vi esse tram e não resisti a tirar uma foto.
Em Estocolmo, a história é contada em cada passo dado, pelo centro da cidade antiga, ali pode viver-se a história e, ao mesmo tempo, estar atento a todas as modernidades oferecidas.
Caminhando, por entre estreitas ruas, encontro casas com mais de 300 anos, em excelente estado de conservação e pintura. É fantástico poder caminhar por entre lugares que existiam há tanto tempo e perceber a evolução na formação das cidades atuais.
Saí de Estocolmo, com a convicção de que o antigo e o moderno podem sim, conviver harmonicamente, bastando, para isso, o desejo de preservar e manter vivo o património.
Fui a Gotemburgo com o intuito de conhecer o museu da Volvo, e acabei por me deparar com um moderníssimo centro de convenções, com atividades interativas, para crianças e adultos, de todas as idades. O único inconveniente é que a cidade, no momento, está um verdadeiro caos para os carros, pois estão construindo e ampliando novas estradas e ruas, além da construção de prédios. Certamente, num futuro próximo, ficará tudo bem organizado, ao terminar.
Simone
Maria
SUÉCIA - MAIO 2024
MUNIQUE - A JÓIA DO REINO DA BAVIERA
Este ano, de 28 de agosto a 4 de setembro, não foi a primeira vez que estive em Munique. Munique é uma das cidades mais divertidas de visitar. As suas cervejarias tradicionais e a Oktoberfest são promessas irrecusáveis. Todavia é de realçar a qualidade dos seus infindáveis museus que nos provocam uma pequena angústia para selecionar. Sim, porque é impensável visitar sequer a maioria, numa viagem de passeio.
Poderia, com grande prazer, falar da imensidão do Deutsches Tecnikmuseum (Museu Alemão de Tecnologia), com os seus aviões, barcos, carros, submarinos, helicópteros ou mesmo carruagens, que nos conta a história da evolução tecnológica em quase trinta mil objectos, e permite-nos fazer um sem número de experiências, em áreas de química, ótica, pontes, barragens, etc. etc. etc.
Todavia sou um sentimental e a Madame de Pompadour, pintada por François Boucher, em 1756, e que se encontra exposta no extraordinário museu de pintura que é a Alte Pinakothek foi a pintura que me ficou gravada com a estranha sensação de estar a ver a imagem de um antepassado mais ou menos próximo, tal é o número de vezes em que ela nos é lembrada nos mais diversos contextos.
Fernando Guedes Pinto
ALEMANHA - AGOSTO 2024