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REFLEXÕES

Nos primeiros anos da minha vida profissional leccionei Português, estando incluídos vários livros do Plano Nacional de Leitura: Sophia de Mello Breyner Andersen, Luísa Ducla Soares, António Torrado, Maria Alberta Menéres, Maria Vieira, entre outros.

O autor cria a sua obra. Logo que transita para o leitor ganha múltiplas facetas, de acordo com a interpretação do destinatário. Apela à visualização e ao sonho, é mágico pelas inúmeras histórias e "pessoas" / personagens que se conhecem, pelo poder de sedução que exerce.

Em 2014, um de meus romances foi traduzido para o castelhano e publicado no México. O título original, em português, é "Pretérito quase Perfeito". Gosto do título, que, com uma referência ao tempo verbal - pretérito mais que perfeito - lança uma subtil luz sobre um aspecto do conteúdo da trama que me parece (ao menos me parecia, quando escrevi...

Por isso, o solo que nos pode parecer estável, transforma-se num ápice em instável e aquilo que às vezes nos pode parecer o fim, é afinal o princípio.

"Tristeza, depressão, isolamento e solidão - Os 4 Cavaleiros do Apocalipse"(1). Há alguém que diga que vai ao psiquiatra porque está com uma depressão? Geralmente não.

Quando éramos jovens e queríamos conhecer melhor alguém, era frequente o pedido: - Podias apresentar-me à tua amiga, à tua prima, ou a fulano de tal.

Será que não temos tempo ou não queremos ter tempo? Será que é o tempo que manda em nós? Não é suposto ser ao contrário?

Segundo a Bíblia, Adão e Eva tomaram a decisão de não cumprir e comeram o fruto proibido, tendo sido expulsos do jardim do Éden. Foi uma escolha sua, como tantas que fazemos na vida.

Não, não vos estou a escrever sobre taxas, índices ou proporções, nem sobre o desemprego ou o aumento da despesa do SNS. Não me refiro ao menor múltiplo comum (45), nem ao máximo divisor comum destes algarismos (1). Também não me refiro às múltiplas fracções equivalentes de 9/5: 18/10, 27/15, etc..., ou de 5/9: 10/18, 15/27, 20/36, etc...