Testemunhos das alunas do grupo regular da Maria Irene Batista sobre a Empatia
Claúdia Girelli
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Empatia é a ponte invisível que une almas. É o fio dourado que costura corações partidos e aproxima os que, à distância, sentem a dor que não é sua. É o silêncio que escuta, o olhar que acolhe, o gesto que não precisa de palavras. É a arte de estar presente, sem invadir, de ser apoio, sem sufocar.
Nas relações humanas, a empatia é o alicerce que suporta a complexidade dos encontros. É o reconhecimento do outro como um espelho, uma extensão de nós mesmos. Porque no fundo, somos todos feitos do mesmo tecido: sonhos que se entrelaçam, medos que se escondem, esperanças que brilham em olhos ansiosos.
Ela desafia-nos a abandonar o julgamento, a calçar os sapatos do outro e a percorrer os seus caminhos, mesmo que os seus passos nos pareçam desconhecidos. Ensina-nos que as diferenças não são abismos, mas paisagens a serem exploradas com curiosidade e respeito.
E nas relações humanas, onde tantas vezes impera a pressa e a superficialidade, a empatia convida-nos a abrandar. A perguntar, sem medo, "Como estás?" e a ouvir a resposta com o coração aberto. É a chave para abrir portas, a cola que repara vínculos, o bálsamo que cura mágoas antigas.
Quando nos permitimos sentir com o outro, descobrimos que a verdadeira força não está em erguer muros, mas em construir pontes. Porque na teia frágil e bela das relações humanas, a empatia é o fio que mantém tudo unido.
Leonor Alvito
Se eu fosse um sentimento
Eu queria ser a Empatia
O que une corações,
Que sabe ler emoções
Desde o medo… à alegria!
Quem dera ser a empatia
E correr de lado em lado
A explicar a uns e a outros
Meu real significado!
Calmamente eu diria
Por favor não me confundam
Com a simples simpatia
Ela, só mostra um sorriso
Quer transmitir alegria,
Mas eu sou a empatia
Sentimento mais preciso!
Eu sou muito mais profundo
Eu uso de mais rigor
Eu entro no vosso mundo
E entendo a vossa Dor!
Como eu seria feliz
Se eu fosse a empatia…
Humanizava o Mundo
Anulava divergências
(Despertava consciências)
Acalmava corações…
E espalhando entendimento
Combatia … Depressões!
Ana Paula Melo
Imagina que o teu coração é uma sala de espelhos, onde cada reflexo se transforma numa janela para os outros.
A empatia é a arte de atravessar essas janelas, de sentir o sol e a chuva que caem nos jardins dos outros corações.
É como usar um par de sapatos invisíveis que te permitem caminhar pelas estradas deles, sentir as suas pedras, explorar os seus atalhos, e compreender o peso dos seus passos.
É perceber porque escolhem certas direções em vez de outras, mesmo quando essas escolhas parecem estranhas.
A empatia é saber ouvir, não apenas as palavras ditas, mas também os silêncios que as envolvem.
É descobrir mensagens escondidas nos suspiros, sorrisos e lágrimas.
Ser empático é ser um bom ouvinte, é ver o que está por trás de cada história, descobrir o que motiva cada lágrima e entender o que celebra cada sorriso.
Acima de tudo, a empatia é a arte de ser humano, de reconhecer que os outros também são seres complexos, com as suas próprias experiências, emoções e perspetivas.
Com empatia, compreendemos que cada pessoa é única, e que essa singularidade merece ser reconhecida e respeitada.
Hélia Jorge
Empatia é sabermos colocar-nos nos pés do outro.
É a capacidade de perceber e entender as emoções do outro
Ser empático implica escuta.
Ser empático implica não julgamento.
Ser empático implica respeito.
Ser empático implica a verdadeira aceitação das diferenças.
A empatia aprende-se e desaprende-se.
O meio familiar e social em que crescemos e nos movemos influencia a nossa
capacidade de ser empático.
Há quem diga que a empatia pode ser contagiosa.
Mas a não empatia também.
Aprendemos por modelos de referência.
Por isso, rodearmo-nos de pessoas empáticas é a melhor maneira de treinar a empatia.
Mais do que a tolerância ou a compaixão, a empatia é o melhor caminho para a paz.
Inês Melo
É pensar e respeitar os direitos e as necessidades dos outros.
Nem sempre compartilhamos a mesma perspectiva ou opinião, mas ainda assim podemos ter empatia com o outro. Ouvir e compreender os seus sentimentos. Colocarmo-nos nos seus sapatos e entender a sua perspectiva sem impor nossos julgamentos.
Qualquer pessoa deseja ser amada. Qualquer pessoa deseja ser ouvida e respeitada, sentir-se bem e com valor. Qualquer pessoa quer sentir que têm um propósito. Empatia é permitir tudo isso. É respeito. Ouvir e, antes de ouvir, deixar para trás todos os problemas. Estar com o coração e a mente acessível para apreender os mínimos pormenores e aprender.
Envolver-se numa conversa significativa e estar disponível para a experiência do outro. Escutar com a alma. Ouvir aberto, calmo e sem julgamento, ouvir com o coração. Ficar com a informação, processar depois.
Importante é ter uma atitude de aceitação e compreensão, sem julgamento.
Capacidade de perceber a experiência e situação com abertura e compreender a experiência e o contexto em que ela está inserida.
Ter sensibilidade e perspicácia nas mudanças impercetíveis que operam na fisionomia do outro e entender os significados que fluem a partir daí... E que às vezes o outro mal tem consciência.
Ter curiosidade com o que ele se importa, e se interessa.
Conseguir saber como a pessoa pensa, e por que acredita no que pensa e no que faz.
A empatia lembra-nos que a pessoa que somos e com o que nos importamos, não é a mesma pessoa que o outro é e com o que se importa.
Quanto mais se pratica a empatia, melhor a conexão que desenvolvemos com o outro num nível emocional profundo, mais empatia criamos connosco próprios e mais capacidade temos de compreender e partilhar os próprios sentimentos.
Luísa Pires
A empatia é a capacidade de me colocar no lugar do outro, nos seus sapatos, na sua posição e perceber o que sente e como se sente nessa situação ou circunstância, com a genuína vontade de ajudar, sem julgamento, sem critica, escutando com compreensão e validação.
Teresa Pedrosa
Sou empática, pois sei que tenho a capacidade de me colocar no lugar de outra pessoa, procurando pensar ou agir como ela, para melhor compreender a sua forma de agir ou de pensar, sem, no entanto, ter a veleidade de querer transformar alguém.
Ao colocar-me no lugar de quem é bem diferente de mim, tento entender as suas atitudes e as suas dores, sem me esquecer de quem sou, onde estou e o que posso fazer, para ajudar alguém que precise da minha ajuda e que queira ser ajudado.
Tenho a noção de que, não posso sentir as dores de quem está a sofrer, mas que talvez as possa aliviar, ao me disponibilizar para ouvir ou acompanhar, quem sofre.
Dar o tal ombro amigo que tanto apoio nos dá, nos momentos mais angustiantes da vida.
Ao dar a minha atenção e vontade de entender a dor e ações de outra pessoa sem julgamentos, eu sou empática, mas lúcida, pois tenho a noção das limitações que podem surgir,na ajuda que pretendo oferecer a quem precisa de mim, nos momentos menos bons da vida.
Também sou empática na partilha e acompanhamento de alegria e felicidade, pois os bons momentos também devem ser vividos com amizade e empatia, entendendo, portanto, os sentimentos e emoções do próximo como se fossem nossos.
Maria Irene Batista
É Sentir-se na pele de outra pessoa.
Conseguir espelhar-se e permitir construir uma relação simbiótica com o outro manifestando compreensão solidariedade vontade de estar junto,
E perceber aquele meio que existe entre dois pontos fundamentais o que eu digo e o que tu recebes...
Muitas vezes é no meio destes dois pontos que está o que eu realmente quero que oiças para além daquilo que eu disse...
Entendem este meu conceito?