Poesia # 39 - Sou um violino desafinado
30-07-2023
Naquela serra onde a floresta adormecia
Dispus a tenda dos sonhos em sossego
Admirava o fulgor da lua que era magia
E escutava o bater de asas de um morcego
Tanto encanto volveu-se em feitiço
Tornei-me raiz e pássaro adormecido
Cresci musgo e um tão belo cortiço
Fui seiva e vida do sonho colorido
Senti-me levitar na asa da emoção
Como uma criança da Mãe natureza
E sonhei mais alto que é pura ilusão
Quis eu ser cantor neste dia fascinado
Que cantei e retalhei toda esta beleza
Pois sei que sou um violino desafinado