Eu do livro não me livro …

12-09-2024

Desde criança, sempre fui apaixonado por livros. A sensação de folhear as páginas, mergulhar em aventuras e conhecer novos personagens sempre me encantou.

Para mim, os livros sempre foram mais do que simples objetos, eram portais para um mundo de possibilidades e aprendizados.

Ao longo dos anos, essa paixão só aumentou. Cada nova história era um tesouro a ser descoberto, cada página virada me levava para lugares distantes e me permitia viver mil vidas em uma só. Os livros se tornaram meus companheiros de viagem, meus confidentes e meus melhores amigos.

E foi através dos livros que descobri também a liberdade. A liberdade de imaginar, de sonhar, de questionar e de aprender. A liberdade de ser quem eu sou, de explorar o mundo e de me conectar com outras pessoas. Os livros me libertaram das amarras do mundo real e me permitiram voar para além das fronteiras do meu próprio ser.

Assim, o amor pelos livros e a liberdade se entrelaçam em mim de forma indissociável. Cada livro que leio me aproxima mais da liberdade de ser quem eu sou, de pensar o que quero e de viver a vida da forma mais autêntica possível. E por isso, sempre serei grata aos livros, por me proporcionarem não só conhecimento, mas também amor e liberdade.

Claudia Girelli

Não, não me livro

Sou adicta, o livro é a minha droga

é a minha paixão de que sou carente

Desde há muito que o livro me acompanha para todo o lado

Vai comigo para qualquer sítio

É sempre a primeira coisa que coloco numa mala de viagem, só depois penso na roupa.

Leio sentada, leio deitada, leio em pé

Leio no campo, leio na praia

Leio no silencio, leio com música, leio com ruído

Não me aborreço nas esperas dos aeroportos … porque tenho um livro

Não me aborreço em viagens de comboio ou de avião… porque tenho um livro

Não me enfado nas esperas em balcões de repartições… porque tenho um livro

Não leio revistas nas esperas no cabeleireiro ou no consultório, ... porque tenho um livro

Não temo as insónias ... porque tenho um livro

Não temo o tédio… porque tenho um livro

Não temo a solidão … porque tenho um livro

O livro devolve-me à quietude, à serenidade

Liberta-me das angústias do passado e da ansiedade do futuro

devolve-me ao momento presente

Se do livro eu me livro como livre eu vou ficar?

Hélia Jorge

O livro dá-me liberdade de pensar, de sonhar, liberta-me das grelhas, abre-me a mente para novos caminhos, novas perspectivas, outros modos de viver.

Com o livro vivo
Com o livro fujo
Com o livro me sereno
Com o livro me reencontro,
Encontro novas amizades
Em lugares distantes
E apesar de tudo tão próximos.
Cruzamos os nossos caminhos
Talvez os nossos corações
Estabelecemos um elo
acalmamos as aflições
e resolvemos as aspirações.

Um dia somos acção
Outro dia reflexão.
Mas nada me tira de ti,

Livro,
A plena atenção.

Inês Melo

Há livros que permanecem

Na nossa Vida p'ra sempre

E mesmo que não pareça

Vivem na nossa memória

De forma quase permanente!

Uma palavra, uma frase

Uma história, uma imagem

De forma imediata

Lembram a trama, o enredo

A Vida dum personagem!

Fantástica a impressão

Que em nós o livro causou

Tantos outros que passaram

Que marcaram, que agradaram

Mas foi aquele…que ficou!

Por muito tempo que passe

Ele continua connosco

(Não conseguimos esquecê-lo)

E torna-se irresistível

De vez em quando… relê-lo!

É o prazer da leitura

O talento do autor

Que em perfeita conjugação

Nos envolvem… nos atraem

E transformam aquele livro

Numa "quase" obsessão!

É fantástico o poder

Que a leitura exerce em nós…

Leva-nos a percorrer,

Caminhos desconhecidos,

Estimula a imaginação,

Aumenta o nosso saber

Alegra o nosso Viver

É sonho…voo …evasão!

Leonor Alvito

Como posso ser livre no pensar, se de ler abdicar.
Não quero livrar-me dos livros e de me pôr a imaginar.
Quero sim ser livre de aprender, e de saber opinar.
Para isso preciso dos livros, tanto como de comer ou respirar.

Luísa Pires

Os livros são indispensáveis à minha vida, através deles vivencio as melhores aventuras, derreto-me em lágrimas e dou boas gargalhadas.

Viajo por todo o mundo, vivo em palácios e em cabanas entre montanhas e o mar.
Vivo intensas histórias de amor, relembro ventos e tempestades e raios de sol que me iluminam o coração.
Não preciso de companhia quando tenho um livro na mão. Com ele sou feliz em liberdade de fazer tudo apaixonadamente sem sair do meu lugar.

Sonhar com o mundo aos meus pés relembra-me que através das letras que dançam nos meus olhos eu posso estar em qualquer lugar voando nas minhas asas no alto da história dando-me o meu próprio destino.
Não prescindo nunca de um livro porque seria ficar prisioneira para sempre sem sonhos para sonhar.

Maria Irene Batista

A leitura me encanta, me acompanha, me anima, me faz sonhar, fantasiar e me possibilita estar presente em lugares nunca imaginados.

Através dos livros posso estar com personagens diversos, em épocas distintas, como no passado, presente ou mesmo em um futuro distante.

A leitura me faz companhia, me preenche, enriquece minha vida e abre caminhos para novas possibilidades de ver o mundo sob perspectivas diferentes.

Definitivamente eu não me livro do livro.

Simone Maria

É bem verdade pois que, desde que comecei a saber ler não mais me distanciei desse grande companheiro. Mas normalmente, se sou eu a escolher o livro escolho romance, biografia histórica ou de ficção, exatamente porque às vezes me transponho para a própria história e por isso não me quero ver envolvida em cenas de crimes ou perseguições assustadoras.

Quando o livro me é oferecido, vou lendo devagar e cautelosamente para não ter surpresas desagradáveis,

pois, na verdade, sou mais seletiva que leitora ávida que tudo quer ler.

Através de um livro tudo é possível ser apresentado. Na verdade, o livro transborda de palavras não proferidas e por isso sem som audível.

Poderemos selecionar, anotar, aprender tudo o que procuramos. Poderá ser o nosso guia, invertendo assim o normal procedimento, pois somos nós quem vê e não ele que só é visto.

O livro é mesmo intemporal e nele podemos quase ouvir as palavras proferidas pelo seu autor que, há muito poderá ter partido, mas que para sempre, nos deixou o seu registo e que parece estar presente no momento em que lemos a sua história.

Teresa Pedrosa