Bichos na Cabeça
Não há nada que mais me irrite do que perante evidências indesmentíveis as pessoas negarem os factos, apenas porque não os querem reconhecer. Sabem que o risco existe, mas não o admitem.
- Sim, eu sei, mas a vida é minha e gozo-a como me apetece. (*)
Negam, não porque tenham argumentos para aduzir a uma discussão objectiva, mas simplesmente porque não o querem reconhecer. Claro que estão no seu direito de rejeitar o que se lhes mostra e aconselha e eu, no meu direito de insistir e me indignar.
O facto mais óbvio é a importância do consumo de tabaco na saúde de todos nós, nomeadamente no que ao cancro, doença pulmonar e cardíaca dizem respeito.
Ultimamente têm sido publicados livros e artigos que sustentam a teoria sobre a importância do intestino num conjunto alargado de processos, havendo quem defenda inclusivamente a sua relativa autonomia enquanto sistema.
Não vou aqui escalpelizar os fundamentos da referida teoria ou os exemplos práticos que a ilustram, mas quando se aborda o tema com alguém que pode beneficiar desse conhecimento, é frustrante receber como resposta:
- Não me crie bichos na cabeça!
Lamento, mas se calhar, os bichos já por lá estarão e não necessariamente apenas na cabeça.
Cuide de si!
Leia, informe-se e proteja-se. Algumas modificações ligeiras e progressivas na sua dieta, hábitos de vida e comportamento podem promover uma melhor saúde e um mais gostoso usufruto da vida.
(*) - It's my life and I'll do what I want - (The Animals 1965)
Lisboa, 03 de Abril de 2022
José Aleixo Dias (1)
(1) o autor escreve segundo o anterior acordo ortográfico
Fotografia de Dulce Borges