Desafios Fotográficos: Retratos de rua


Caros amigos da Transições, vai ser lançado um novo Desafio Fotográfico Temático, desta vez, Retratos de rua.

 Relembrando os moldes em que o desafio irá decorrer, temos:

- Desafio fotográfico temático, onde TODOS os membros da Transições podem participar.
- Os participantes podem apresentar até 3 trabalhos, de preferência variados, mas sempre respeitando o tema proposto.
- Juntamente com a apresentação do trabalho, deverão incluir um pequeno texto (pode ser uma frase) onde expressem o que vos levou a fazer a foto, o que mais os atrai na foto, ou o que ela lhes transmite.
- O período para a receção dos trabalhos, será de 23 de Agosto até 30/Setembro. Os trabalhos recebidos irão sendo expostos no site, sem indicação do autor.
- Após o período de receção, e durante 30 dias, ou seja durante o mês de Outubro, os membros da Transições (todos os que queiram participar e não apenas os participantes no desafio) poderão votar nas 3 fotos que gostaram mais (3 pts para a 1ª, 2 pts para a 2ª e 1 pt para a 3ª). O objetivo desta votação é levar as pessoas a observar a e pensar o que mais lhe agrada nas fotos. Em resumo, começarem a aprender a "ler" uma foto.
- No final do desafio serão divulgadas as 3 fotos mais votadas e o nome dos autores de todas as fotos.

Descrição do novo desafio sob o Tema Retratos de rua

O retrato de rua pode ser intimidante para o fotógrafo, mas é, ao mesmo tempo, muito desafiante. Fotografar desconhecidos na rua obriga o fotógrafo a combater o seu receio e timidez e também pensar no tipo de fotografia que pretende fazer.

O tema é muito abrangente porque fotografar um desconhecido na rua pode ser "muita coisa". No caso do nosso desafio, pretende-se que a foto conte uma história.

Pode ser alguém a executar a sua profissão, alguém que apresente um traje "apelativo", alguém que apresente um estado de sentimento (triste, alegre, contemplativo, outro) que nos contagie, no limite, algo que nos transmita uma história ou um sentimento, ao olharmos para a foto.

A única limitação que devemos ter, ao fazer retratos de rua, é ter o cuidado de que a foto não desrespeite a imagem da pessoa que fotografamos. Se tivermos esse cuidado, ninguém nos pode acusar de estamos a violar a alguma lei. Quando muito podem pedir-nos para não usarmos a sua foto e aí devemos respeitar.

Vamos lá ultrapassar qualquer inibição que exista e fazer umas fotos que "mexem" com o observador.

Mail para envio das fotos e textos: fotografia@transicoes.pt

Data fim para envio dos trabalhos: Até 30/Setembro

Data para votação: 1/Outubro a 30/Outubro (enviar a votação para fotografia@transicoes.pt)

Data de apresentação dos resultados: A partir de 1/Novembro

Jorge Gonçalves Silva
Dinamizador da Comunidade de Fotografia
23 de Agosto de 2024


As contribuições dos nossos membros

Luang Prabang - Regresso ao templo depois da recolha do arroz

Todas as manhãs, pelas 6 horas, começa o Tak Bat. Os monges budistas saem dos templos em procissão a pedir esmola junto da população.

Fotografar esta cerimónia requer ser matinal, andar em silêncio e guardar uma certa distância em sinal de respeito duma tradição milenar.

Praia do Ancão - Entre a vocação do dever e a vigia do prazer

Jura - França

Ao passar junto desta oficina, dois ilustres franceses surgiram do século XIX: o Edouard Michelin e o Eugène Poubelle. Ambos revolucionaram o seu tempo e são dois marcadores da indústria e da organização francesas.
Edouard (com o irmão André) deu o nome aos célebres pneus que hoje só se chamam "michelin" e criaram uma das mais importantes indústrias do país.
Eugène Poubelle, diplomata e administrador de Paris, obrigou os proprietários a disponibilizarem caixotes com tampas de cores diferentes para facilitar a recolha do lixo dos inquilinos.

Furiosos, os parisienses chamaram "poubelles" aos caixotes do lixo. E assim ficaram até hoje. Em França não há caixotes do lixo, só "la poubelle".
Gostei que fosse um homem em "bleu de travail" - macacão, a levar-me até ao passado histórico....sem trabalho, não há histórias.

Sonhar acima das nuvens

Estávamos a caminhar há 5 dias e ainda faltavam mais 2 para chegarmos aos 5.895m do Uhuru Peak, o ponto mais alto do Kilimanjaro.
A meio da etapa deste dia, num momento de repouso, "apanhei" um dos nossos carregadores sentado numa rocha que emerge sobre um mar de nuvens a olhar para o seu telemóvel.
Estaria ele a "sonhar" com a família e o regresso a casa ou também ele estaria a tirar uma fotografia?
Uma coisa tenho a certeza, aquela pedra é dele. Imagino-o a sentar-se sempre ali, cada vez que passa neste lugar fantástico.
Local: Monte Kilimanjaro, Tanzânia

Lisboa - Praça do Município

É dia de Santo António e a tuna universitária prepara-se para atuar.
Enquanto se espera pela troca dos anéis dos noivos nos Paços do Concelho...os estudantes, vestidos a rigor decidem pôr os instrumentos a descansar.
Só tive tempo para fotografar o descanso do violoncelo.

Simplicidade

Impressionante a simplicidade com que os pescadores em Cabo Verde apanham estes grandes atuns, em pequenos botes de madeira, e a simplicidade com que os amanham em plena praia, no meio de turistas, banhistas, adultos e crianças.
Depois de limpo e lavado o atum é colocado numa tábua e, normalmente, transportado por mulheres, no topo da cabeça, que o vão vender inteiro, ou em partes, a restaurantes e particulares.
Lembro-me das várias vezes que me bateram à porta de casa para o fazerem.
Local: Praia do Tarrafal, na Ilha de Santiago

O Ermita Guardião

O acesso ao Forte de Kharpocho, construído num promontório que se eleva sobre o Rio Indo e a cidade de Skardu, é controlado por um Guardião que ali vive tão isolado como se um Ermita fosse.
Quando chegámos ao grande portão de madeira foi ele quem, demoradamente. o abriu para podermos entrar.
No fim da visita, que fizemos sozinhos pelo forte, fomos encontrá-lo à "janela" a fumar o seu cigarro.
Ao fundo a vista estende-se desde o Rio Indo, um dos maiores da região e que nasce no Tibete, até às altas montanhas da Cordilheira de Karakoram que se prolonga até aos Himalaias.
Uma autêntico quadro vivo com uma simples moldura de madeira.
Local: Forte de Kharpocho em Skardu, Paquistão