Conversas Soltas
Para assinalar os já dois anos da Transições decidimos lançar um conjunto de podcasts a que demos o nome de "Conversas soltas"
Numa conversa de cerca de 15 minutos, conduzida por José Lopes de Araújo - membro fundador da Transições, advogado, mas sobretudo um homem que levou toda a sua vida ligado à comunicação, à conversa, à leitura, aos temas da atualidade e das pessoas - vamos conhecendo um pouco melhor os nossos membros.
Quem são aqueles que abraçaram a Transições como um movimento importante na preparação e vivência desta nova e desafiante fase da vida? Um pouco da sua história, do que os faz felizes, como vêem a sua transição, como vêem a Transições.
É esse o propósito de curtas e despretensiosas conversas, em que se fala de cada um e um pouco de tudo. São afinal ...Conversas Soltas...
Um enorme agradecimento aos nossos membros pela sua disponibilidade e partilha.
Ouvir as conversas
Para começar .... mas há mais a caminho!
"A vida por trás de uma lente. Estabelecer objetivos na reforma. Procurar novos desafios para continuar a ser criativo."
"O teatro é uma paixão! É um desafio: memorizar um texto; encarnar uma personagem fazendo de outro que não nós, no entanto dando um pouco de nós."
"Não penso quanto devia na minha transição." Gosto e participo nas caminhadas da Transições e começei a aprender kizomba."
"O gosto pela fotografia e vídeo veio do pai. No início atirava a tudo o que mexia, depois dedicou-se à fotografia de rua e de estúdio. Converte as fotografias para preto e branco para procurar apanhar a alma das pessoas."
"Especialista em comunicação, marketing e estratégia de lançamento digital. Há cerca de 6 anos veio do Brasil para se doutorar na área da comunicação e acabou por ficar satisfazendo o pedido das suas duas filhas. Na Transições rapidamente começou a participar nas suas atividades, restruturando o site e outras plataformas de comunicação com os membros."
"Gosta das coisas simples do dia a dia, o seu trajeto de vida em 3 continentes fê-lo acreditar que cada momento é o momento, porque a vida é o que nos acontece é aquilo em que tropeçamos. Quando era novo, nas entrevistas de emprego, perguntavam onde pensa estar daqui a 10 anos, e pensava sempre, eu quero estar cá amanhã. Se todos os dias dermos o nosso melhor para amanhã estarmos cá, estaremos bem certamente."
Considera a Transições sua amiga. Cansada do trabalho e do ritmo que acarretava precipitou a reforma em 2021. No confinamento descobriu que podia ser feliz com tão pouco.
Todos os dias precisa de se sentir viva, tem de estar sempre a fazer coisas. Uma vez por semana, planta favas e feijão verde, trata das árvores de fruta; faz doces com a fruta e limoncello, este ligado à estadia em Itália.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=1riqkL2H8wM
Em criança já era reconhecido com tendo jeito para a pintura. Ao reformar-se aprofundou conhecimentos de desenho e pintura, considera-se um autodidata. Também produz trabalhos em azulejo e madeira. Como a produção é muita espalha os quadros pela casa dos amigos, colegas, não vende.
Gosta de pintar à noite quando a maioria dos pintores prefere o dia, mas a resposta é simples, durante o dia está ocupado.
"Objetivos transformacionais? Nunca pensei, passei a vida a resolver problemas e profissionalmente as coisas foram acontecendo. Gosta de intervir enquanto avó e aprende com a neta."
"Por volta dos quarenta rompe com uma carreira profissional
bem-sucedida como gestor de conteúdos, para abraçar a Biodanza, sistema de
desenvolvimento humano que promove a integração da nossa identidade através da
música, dança e movimento. Esta transição foi de encontro a uma demanda pessoal
de sentido para a vida e de expressão artística."
"Dedica-se a desenvolver e implementar programas, em empresas, ligadas à inteligência emocional, ao mindfulness, na área do bem-estar em geral. Tem um projeto The School of We com diferentes tipos programas. O bem-estar depende de cada pessoa, cada contexto e dos tempos em que vivemos. Existe uma procura de felicidade e bem-estar idealizada que se torna pouco concretizável. O bem-estar é construído a cada momento.
Jornalista brasileira de origem italiana, veio para Portugal há 23 anos por amor, e ambientou-se rapidamente ao país. A comida é uma paixão porque faz com que as pessoas estejam perto de si. Candidatou-se e foi aceite no primeiro MasterChef em Portugal, mas devido a um problema familiar acabou por não participar. Define a cozinha brasileira como: receitas portuguesas, cozinhadas por negros, com os ingredientes índios.
Antes de se reformar teve tempo de refletir e planificar a reforma. Para tal elaborou uma lista de desejos, sabendo que muitos não se concretizariam. Nessa lista constava o desporto, a arte e o desejo de passar mais tempo em família. Há 10 anos que faz trabalhos de pintura em porcelana e gravação em vidro, pretende agora iniciar a gravação em dente de baleia. Esta última atividade pretende-se com a sua origem, os Açores, e o facto do seu pai ter sido baleeiro, o último.
"Contos do "Plantão Consular" passar para as pessoas a sua trajetória diplomática. Desde jovem que gosta de ler e tocar piano, a escrita veio mais tarde."
"Homem do mundo viveu e viajou por muitos países. A reforma antecipada foi uma oportunidade de transformar um hobby de uma vida, as caminhadas associadas às viagens, numa atividade a tempo inteiro. Participa ativamente na nossa comunidade de caminhadas. Trekking de montanha marcante foi chegar ao campo base do K2 no Paquistão."
Dois anos antes de se reformar começou a planear o que fazer quando deixasse de trabalhar. Um ano após a reforma partilhou uma reflexão na Newslettwer de abril. Aconselha que nos coloquemos no centro, perguntando o que nos dará prazer, estabelecendo prioridades claras, não muitas, mas que nos ajudem a crescer, a aprender, a sentirmo-nos úteis e ativos. É muito participativa nas atividades da Transições, faz parte do grupo editorial e acolhe os novos membros. Link: https://youtu.be/yjEalcc5ToA
Lisboeta, foi para França aos 10 anos acompanhando os pais que emigraram para trabalhar, onde ainda vive embora visite regularmente Portugal.
Fez carreira na área do direito bancário onde se sentiu realizada. No entanto, no seu percurso, explorou outros caminhos que não correram como o planeado. Numa dessas vivências conhece o seu marido que a seguiu para França. Adora caminhar, pintar aguarelas e de organizar viagens.
Quando se reformou dedicou-se ao cultivo em hortas verticais. porque desde jovem sempre esteve ligado à terra. Esta sua ligação à terra levou-o também a ser cofundador da Associação Movimento da Terra Solta, e com um grupo de amigos cultiva em comunidade.
É Presidente do clube UNESCO do Porto promovendo os ideais desta organização das Nações Unidas. Desenvolvem visitas ou viagens orientadas ao património, por exemplo, o estilo Barroco ou o Gótico, ou os Jardins Históricos.